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Cavaleiros buscam Chama Crioula em Canguçu

 Comitiva espalha o fogo em símbolo da coragem, a união dos povos e o amor do gaúcho pela sua terra

Um grupo de cavaleiros da 24ª Região Tradicionalista do Vale do Taquari participou da 73ª Geração e Distribuição da Chama Crioula do Rio Grande do Sul, no município de Canguçu, 21ª Região Tradicionalista.

Conforme Davi Walter Musskopff, diretor de Cavalgadas da 24ª e integrante do CTG Caminhos da Serra, de Marques de Souza, a cerimônia ocorreu no Parque Turístico Nossa Senhora da Conceição, no último dia 12 e 13.

O encontro marcou o início das comemorações da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul. Participaram do evento cerca de mil cavaleiros, além de 50 comitivas do RS e três de Santa Catarina.

“Tivemos a honra de ser o maior grupo presente para espalhar o fogo, um símbolo da coragem, a união dos povos e o amor do gaúcho pela sua terra. Para nós é uma alegria muito grande retomar as cavalgadas após dois anos. Trazemos uma centelha desse fogo o qual tem a incumbência de incendiar o tradicionalismo nas nossas entidades. Evidencia o nosso amor pelo Rio Grande e suas tradições, assim como fez Paixão Côrtes.”

Acompanhado dos companheiros Rodrigo Wommer, Juliano Arnhold, Matheus Zanatta, Juarez Delazeri e apoio de Ailson Hansen, devem percorrer mais de 330 quilômetros, A comitiva chega ao CTG na tarde de amanhã, após às 16h, onde serão recepcionados por autoridades e tradicionalistas.

“Queremos agradecer pela hospitalidade de todos que nos acolheram para o descanso, preparo das refeições e assim ajudaram a chegar a cavalo até o nosso destino.”

Para saber

Essa tradição começou em 1947, quando os tradicionalistas Paixão Côrtes, Cyro Ferreira e Fernando Vieira retiraram uma centelha do fogo simbólico da pátria e acenderam o primeiro candeeiro crioulo, em Porto Alegre, representando a coragem, a união dos povos e o amor do gaúcho pela sua terra.

A 73ª Geração da Chama Crioula foi organizada pela 21ª Região Tradicionalista e o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). O evento de sexta (12) contou com a apresentação do espetáculo Liberdade pelas asas do gavião, de criação e direção de Rinaldo Souto, que homenageou Joaquim Teixeira Nunes, conhecido como coronel Gavião, líder dos lanceiros negros farrapos, natural de Canguçu.

Com o tema “Etnias do gaúcho: Rio Grande, terra de muitas terras”, os festejos neste ano consagram a diversidade étnica e cultural do Rio Grande do Sul.