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MP apresenta Projeto Sinais para rede de apoio à criança
O Ministério Público apresentou ontem, na Univates em Lajeado, o Projeto Sinais para representantes da rede de apoio à criança. A iniciativa foi conduzida por Fábio Costa Pereira, coordenador do Núcleo de Prevenção à Violência (NUPVE), e pelos promotores Carlos Augusto Fioriolli e Marcos Eduardo Rauber.
Durante a explanação, os representantes destacaram que redes sociais, comunidades virtuais e jogos online têm sido utilizados como ferramentas de recrutamento por grupos que se aproveitam da vulnerabilidade emocional de adolescentes.
Eles ressaltaram que a comunidade escolar precisa estar atenta para identificar comportamentos e sinais de alerta que possam anteceder atos violentos praticados por crianças e adolescentes. Muitas dessas evidências surgem no ambiente escolar, como mudanças bruscas de comportamento, casos de bullying e situações de isolamento.
O Projeto Sinais aborda temas como isolamento social, discursos de ódio, consumo excessivo de conteúdos violentos, manifestações de sofrimento psíquico e o uso de plataformas digitais como canais de cooptação por grupos extremistas.
Segundo Pereira, em praticamente todos os casos acompanhados pelo Ministério Público, alguns fatores se repetem: pais desconhecem o conteúdo consumido pelos filhos no mundo digital e adolescentes vítimas de bullying tornam-se mais suscetíveis à radicalização.
Informação é fundamental
O encontro aconteceu na Univates, em Lajeado, com o tema “Sinais: um espaço de reflexão, conhecimento e ação”. Participaram a Secretária Municipal de Educação, Cultura, Turismo e Desporto, Sibele Thiele, e as equipes diretivas das escolas municipais.
Segundo Sibele, “embora os sinais estejam presentes, muitas vezes não conseguimos percebê-los por não termos o olhar treinado para isso. A proposta do Projeto Sinais é levar informação sobre termos e hábitos comuns a esses grupos, ajudando a identificar possíveis indícios. E reforça que os pilares essenciais da prevenção são a família, a comunidade escolar e as redes de proteção.”
Foto e texto Giovane Weber/FW Comunicação